quinta-feira, 24 de março de 2011

Aula de 07/04: Tradução num Mundo Digital

Guião 1, primeira parte (Rui Costa e Ricardo Boavista):

1. O que é a localização web?

2. Que novas possibilidades oferecem à tradução os suportes digitais?

3. Comente a frase: “language continues to be a principal obstacle to full globalization”

4. Escolha três termos do glossário oferecido pelos autores, investigue um pouco mais sobre eles, e especule sobre as suas implicações para a actividade de tradução.
 

Guião 2, segunda parte (Yona Silva e Marta Ferreira)


1. Defina o que é o modo CMC e McEnglish:

2. Procure explicar sucintamente as alterações de paradigma previstas no quadro 9.1., ou expresse as suas dividas relativamente às que não percebe.

3. Por que razão se prevê, no futuro digital da tradução para os média, uma crescente mistura dos conceitos de tradução e interpretação?

4. Em que é que o trabalho de um teletradutor difere do de um “tradutor da velha escola”?

terça-feira, 22 de março de 2011

Tradução e Jornalismo (Susan Bassnett 2009)


A transmissão internacional de notícias é um fenómeno em que a globalização se torna dependente da tradução, mas onde paradoxalmente esta é muitas vezes submersa pela rápida circulação global.
A tradução é inseparável da prática jornalística, sobretudo ao nível das agências noticiosas
, as quais desenvolveram redes globais que lhes permitem recolher e distribuir informação para todo o mundo de forma rápida e eficaz. Fazem-no, por um lado, através de jornalistas globais, ou correspondentes internacionais, geralmente destacados para postos no estrangeiro por períodos de cerca de comcp anos. Representando a sua sede nacional, estes jornalistas produzem notícias sobre o país em que estão destacados para a língua doméstica de onde provêem, podendo também traduzir notícias de outras fontes noticiosas para a agência que os emprega. Os jornalistas locais, por outro lado, são contratados pelos escritórios e departamentos que as agências mantêm nos diferentes continentes, não estando directamente ligados à sede da agência, escrevem notícias na sua língua materna e traduzem-nas de outras línguas tornando-as acessíveis ao mercado local. Esta estrutura dualista reduz consideravelmente a necessidade de traduções, pois assim as agências noticiosas conseguem minimizar o tempo de circulação de notícias mundialmente, em diferentes línguas e para mercados diferentes.
O trabalho de um correspondente internacional corresponde muitas vezes a uma fórmula instrumental e calculista, equando o correspondente não está familiarizado com a língua e/ou com a cultura do país para a qual foi destacado, a produção de notícias reduz-se à passagem de
informação, sobretudo daquela que se possa obter de falantes de “inglês internacional”, sem que se tenha em conta os sentidos e significados culturais.
O que faz com que a tradução noticiosa seja diferente de outros tipos de tradução? O principal objectivo dos tradutores de notícias é transmitir informação
, sendo que a linguagem utilizada deve ser sempre clara e directa pois traduzem para um público vasto. Por outro lado, traduzem para um contexto geográfico, temporal e cultural específico e trabalham com limitações de espaço e de tempo. Fazem também, geralmente, retroversões e revisões.
Dentro deste contexto, Karen Stetting propôs o conceito de transedição, considerando a transformação das fontes operada por qualquer texto de chegada em jornalismo. Na verdade, o processo de adaptação das notícias ao contexto sócio-cultural no qual serão veiculadas não é muito diferente do processo de edição através do qual as notícias são verificadas, corrigidas e até mesmo modificadas de modo a que fiquem prontas para publicação. Para o jornalista, traduzir e editar geralmente fazem parte do mesmo processo, sendo que a tradução de notícias não tem, de todo, que manter a essência existente no texto de partida, permitindo um papel intervencionista. A objectividade sobrepõe-se à fidelidade, ao contrário da tradução literária, ou seja, o tradutor tem como objectivo principal fornecer informação sobre determinado acontecimento de forma clara e concisa podendo, desta forma, separar-se do(s) texto(s) de partida, recorrer a textos intermediários e fazer as alterações que achar necessárias ao texto de chegada.
A intervenção operada pela tradução e edição em textos noticiosos é passível de ser analisada em termos das mudanças mais frequentes:
- mudança de título e subtítulo
para uma maior compreensão por parte do público-alvo, ou segundo os requisitos de uma determinada publicação
- informação suplementar relativa a contexto cultural
que seja desconhecido do público-alvo
- eliminação de informação considerada desnecessária ou redundante para determinado público-alvo
mudança da ordem dos parágrafos
de acordo com pressupostos de relevância num novo contexto ou publicação
- condensação
Estas mudanças associam-se, portanto, a critérios de relevância e grau de conhecimento contextual anterior por parte do público-alvo. 
As alterações que podem ser efectuadas durante a tradução criam um novo texto destinado a funcionar como notícia para um público diferente, com uma língua diferente, pelo que no campo da tradução noticiosa não existe um dever de preservar a essência do texto original, nem de o traduzir nos mesmos moldes do original.
A equivalência ou sentido equivalente aplica-se nas traduções de textos culturais; no caso das notícias que são consideradas textos práticos este critério não se aplica porque são sempre susceptíveis de serem alteradas. O texto muda segundo uma alteração de ponto de vista que tolhe este conceito de equivalência
Cada género possui um modo específico de ser traduzido. Os textos jornalísticos podem ser divididos em textos de género informativo (as informações noticiosas, que contêm descrições factuais de acontecimentos), género interpretativo (as reportagens, nas quais a informação é seleccionada, interpretada e narrada pelo jornalista) e género argumentativo (os artigos de opinião nos quais o estilo pessoal do autor prevalece). Os textos de género informativo, nos quais o estilo pessoal do autor é reduzido ao mínimo, permitem ao tradutor uma maior intervenção e alteração do texto original; em contraste, os textos de género argumentativo não dão ao tradutor muito espaço para fazer alterações, pois este deve ser o mais fiel possível ao texto de partida, mantendo o estilo pessoal do autor. A tradução do género argumentativo é a que mais se aproxima da tradução literária.
A construção de textos noticiosos rege-se normalmente pelo “método da pirâmide invertida”, obedecendo a princípios de rapidez e hierarquia, ou seja, os elementos da notícia devem ser escritos em ordem decrescente de importância para que a informação crucial venha primeiro e seja desenvolvida nos parágrafos seguintes com adição de informação secundária.
A pirâmide invertida permite que a notícia seja dividida em bocados que podem funcionar independentemente para que se possa facilmente alterar a sua ordem conforme o objectivo que se quer atingir.
O papel da tradução na produção de notícias é invisível, não só por causa da necessidade de adoptar uma estratégia que valorize a fluidez e esconda a sua intervenção, mas também devido ao facto da tradução ter sido integrada no jornalismo.
Trabalho por: Filipa Farrolas, Jorge Figueiredo, Mafalda Florência e Nuno Silvério

segunda-feira, 21 de março de 2011

Para fazer um comentário (comparação do anúncio Seiko com tradução de Ana Viegas

No quadro, encontram exemplos dos vários parâmetros de análise para fazerem um comentário de comparação entre texto de partida e texto traduzido:
- a preto, elementos / características (no caso, textuais, mas podiam também ser contextuais)
- a azul claro, estratégias, que também se podem conjugar com universais / tendências deformantes
- a verde, comentário com base no conhecimento da língua/cultura de chegada
- a vermelho, problemas que transparecem no texto de chegada
- a azul escuro, erros
Pensando nestes vários pontos de abordagem, referindo exemplos concretos, convido-vos mais uma vez, a fazer, a partir das diferentes versões do anúncio Seiko, um tipo de exercício que vai sair no teste, i. e. comentar as diferenças entre TP e TC.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Para comentar, tradução do anúncio "The Age of Discovery" da Seiko (por Ana Viegas)


A ERA DAS DESCOBERTAS

A Seiko relembra as façanhas eternas

Gigantescos monstros marinhos. Semana após semana em alto mar sem avistar terra. E o medo constante de navegar por onde o mar se acaba. Um breve exemplo das dificuldades e receios que os navegadores de séculos passados enfrentaram.
Hoje, a Seiko celebra a coragem destes navegadores com o relógio de calendário perpétuo. Um atraente desenho cartográfico na face do relógio é complementado pela gravura de uma embarcação no verso. Mediante este inteligente CPU-IC, o calendário fornece as datas e os dias da semana de 1400 a 2499 a. C, um período de 1100 anos, de longe o maior espaço de tempo coberto por um relógio-calendário. Ao oferecer-lhe o passado, o presente e o futuro num único relógio, a tecnologia Seiko antevê uma nova e promissora era de exploração.
Viva de novo a Era das Descobertas e viae de encontro ao futuro, com Seiko.

SEIKO
Patrocinador Oficial de 2ª Edição dos Jogos Olímpicos
 

Universais de Tradução (powerpoint)