1) Simplificação,
2) evitar repetições do texto de partida (TP),
3) explicitação,
4) normalização,
5) empréstimo (transferência discursiva) e
6) distribuição lexical distinta.
A simplificação lexical é o processo e/ou resultado da redução de palavras, manifestando-se em seis tipos de operações
1) uso de hiperónimos quando não existem hipónimos na língua de chegada (LC);
2) conceitos do texto de partida expressos por aproximação;
3) uso de sinónimos familiares ou comuns;
4) transferência de todas as funções de uma língua de partida para o seu equivalente na língua de chegada;
5) o uso de expressões próximas em vez de expressões traduzidas “à letra” e, por último,
6) uso de paráfrase onde existem falhas culturais entre a língua de partida e de chegada. A nível sintáctico
Vanderauwera (1985) refere, ao nível sintáctico, a simplifiação de construções complexas, com substituição de orações finitas por não finitas, e alteração da ordem de orações intercalares.
No que diz respeito ao nível estilístico, identifica-se a tendência para se abreviarem frases longas, reduzindo ou omitindo repetições e informação redundante e encurtando informação desnecessária.
No que diz respeito ao universal de explicitação, Baker refere exemlos de tradutores que acrescentam informação para ultrapassar barreiras culturais entre os textos de partida e de chegada.
Quanto à normalização, há que atentar na lei da padronização crescente de Toury, segundo a qual as relações textuais do TP são comumente substituídas por relações convencionais no TC. O bilinguísmo, a idade, o conhecimento e experiência do tradutor, assim como a importância da tradução no contexto cultural poderão influenciar como actua a lei. Toury propõe ainda a seguinte tendência dessa lei: “quanto mais periféricos o estatuto da tradução numa determinada cultura, mais a tradução será ajustada aos modelos e repertórios estabelecidos” (Toury, 1995: 271).
O universal da transferência discursiva diz respeito às intromissões modelares das construções textuais de partida no texto de chegada, dependendo igualmente da experiência profissional do tradutor e do contexto sócio-cultural em que este se encontra.
Filipe Leite, Inês Sequeira e Manon Stroobandt
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